Tem uma citação que diz que “espiritualidade sem autoconhecimento leva à arrogância e autoconhecimento sem espiritualidade leva ao desespero”.
Vivemos um tempo onde o homem sente cada vez mais a necessidade de se encontrar. Uma vida acelerada, onde não temos tempo para fazer o que realmente gostamos e estar com quem realmente queremos nos tira muitas vezes o próprio sentido de viver.
Nesse contexto de busca podemos dizer que a humanidade nunca esteve tão bem aparelhada quanto hoje. Psicologias diversas, Coaching, PNL e neurociência são algumas das ferramentas disponíveis para nos ajudar a “nos situar” como seres humanos. A pergunta que se faz é: é suficiente?
Onde nos leva essa busca por nós mesmos?
Como tudo o mais na vida essa busca pode se revelar positiva ou negativa a partir do significado que damos a ela e da motivação que a originou, pois não basta fazer a coisa certa, é preciso também ter as razões certas para fazer o que fazemos.
Nesse momento entra a espiritualidade. Atenção! Não estamos falando de religião, mas de entender que a necessidade de conexão do ser humano precede a qualquer outra e, humildemente, buscar nossa verdade sabendo que somos em essência limitados para encontrá-la.
Aprendemos que existe uma sequência que gera nossos comportamentos e hábitos:
ACONTECIMENTOS >>> PENSAMENTOS >>> EMOÇOES >>> COMPORTAMENTO>>>HABITO
A espiritualidade deve permear todos estes passos. Ela não altera os acontecimentos, mas nos dá algo fundamental na interpretação deles. A capacidade de perceber que as coisas não têm um fim em voltado à elas, que sempre existirão razões mais importantes do que o que se apresenta de imediato.
Em última instância ela nos dá esperança e ao nos trazer esperança nos permite adquirir a flexibilidade psicológica para buscarmos o melhor filtro, a melhor crença e, principalmente, a melhor pergunta a ser feita diante de qualquer situação.
Essa flexibilidade cognitiva e emocional talvez seja o fator primordial no equilíbrio da nossa busca que, como foi falado no início, pode por um lado nos conduzir ao desespero e arrogância, mas por outro nos levar ao encontro mais essencial de todos… o encontro com nós mesmos e com Deus.
Somente a partir desse encontro com nós e com Deus, iniciaremos o verdadeiro desenvolvimento humano. Antes dele, estávamos meramente tentando nos salvar e sobreviver às nossas próprias questões e conflitos. A partir dele entendemos que o sentido está no outro e que se acordamos é para ajudar outros a dormir melhor.
Como disse São Paulo na sua carta aos coríntios “se não tiver amor ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres isso de nada valeria”.
Se existe em ti um desejo de autodesenvolvimento primeiramente seja grato por ele, e a partir dele, se coloque disponível à vida, aos desafios e surpresas que ela te trará. Será a sua melhor escola.
Desejo espiritualidade a todos
Coach Silmara
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