Fazer um bom Planejamento Financeiro definitivamente não está na lista das atividades mais prazerosas de nossa vida! E tampouco se encontra na lista de prioridades da grande maioria das pessoas. Da mesma forma que é difícil fazer regime (afinal, bom mesmo seria poder comer tudo aquilo que se gosta e na quantidade que bem entender), é preciso muita disciplina e força de vontade para se ter um bom planejamento financeiro. Apesar disso, esta atividade se torna cada vez mais importante nos dias de hoje, ainda mais em tempos de crise!
O planejamento e o controle financeiro exigem das pessoas algo simples, mas ‘dolorido’: trocar uma satisfação imediata (a compra de uma roupa nova ou uma TV de última geração) por uma promessa de equilíbrio financeiro no futuro. Isto pode parecer uma tarefa muito difícil, mas com o tempo, e um pouco mais de esforço e de disciplina, poderá se encaixar em nossa rotina.
Para “ajudar”, vivemos em uma sociedade consumista onde tudo à nossa volta (propaganda, busca de reconhecimento e status, etc.) nos leva a querer mais e mais, mesmo quando não é necessário.
Mas por que este Planejamento Financeiro é tão importante?
O Planejamento Financeiro nos ajuda não somente a economizar, cortar gastos, poupar e acumular dinheiro. É muito mais do que isso. Ele nos permite buscar uma melhor qualidade de vida tanto hoje quanto no futuro, proporcionando a segurança material necessária para aproveitar os prazeres da vida e, ao mesmo tempo, obter uma garantia para eventuais imprevistos.
Assim, fica mais fácil ter dinheiro para pagar as contas, estudar, sair com os amigos, casar, viajar, comprar um carro, comprar uma casa, educar os filhos, para os imprevistos da vida, para uma aposentadoria tranquila.
Planejar para Economizar
E qual costuma ser o maior problema no controle das contas domésticas? Vale a pena controlar as “Pequenas Despesas”?
Normalmente, as pessoas não se atentam ao fato de que pequenos gastos, quando acumulados ao longo do tempo, acabam contribuindo fortemente para formar grandes dívidas. Por não fazerem um planejamento financeiro, elas não sabem exatamente quanto podem gastar.
Os gastos de pequeno valor, digamos R$ 5, não são tão relevantes por si só. Afinal, não serão R$ 5 que nos deixarão mais pobres ou mais ricos. O problema aparece quando fazemos estes pequenos gastos com frequência: neste caso, estas despesas, quando somadas, acabam por levar boa parte de nossas economias.
Assim, a TV a cabo por R$ 80 reais parece caber no bolso. Bem como a prestação de R$ 50 pelo novo sofá de casa. E ainda dá para comprar um celular novo, por somente R$ 15 ao mês. E, no supermercado, dá para levar mais alguns doces e guloseimas, já que serão somente mais R$ 10 reais.
E os gastos só tendem a aumentar: no final, a conta não fecha.
“Pequenas despesas” importam?
Mesmo um bom Planejamento Financeiro não é garantia de conta sempre “no azul”. Que erros frequentes são cometidos, que podem resultar no endividamento?
Podemos citar alguns:
– Não saber diferenciar necessidade de desejo: isto está relacionado mais ao aspecto comportamental que leva as pessoas a gastar por impulso e a comprar objetos totalmente supérfluos, mesmo sem ter necessidade e muito menos dinheiro para isso.
– Falta de controle financeiro: não dá para ficar fazendo “conta e controle de cabeça”. Saber exatamente para onde está indo o dinheiro todo mês é fundamental, pois permite fazer uma análise e detectar gastos desnecessários. Se a pessoa conseguir elaborar um orçamento de forma a colocar limites de gastos por categorias de despesas, fica ainda mais fácil evitar o endividamento.
– Negligenciar imprevistos: Muitas pessoas acabam vivendo no limite de seu orçamento, isto é, elas gastam tudo o que ganham, não conseguindo poupar dinheiro. Outras simplesmente não contratam seguros para proteger seu patrimônio ou mesmo sua saúde. Em todos estes casos, ao ocorrer um imprevisto (conserto do carro, doença na família, perda do emprego, etc.), estas pessoas acabam tendo que recorrer a um empréstimo e isto, muitas vezes, é o início do caos financeiro.
Não deixe as dívidas te pegarem!
E para quem quer realmente fazer um bom Planejamento Financeiro agora e “arrumar a bagunça”, por onde começar? Há alguma dica?
Em primeiro lugar, é preciso entender que esta pessoa terá que ter muita disciplina e foco para sair desta situação. E, em segundo lugar, é preciso saber que sempre é possível “virar a mesa”.
A seguir, algumas sugestões do que fazer para começar a tomar as rédeas de sua vida financeira:
1) Comece a anotar TODOS os seus gastos e também as receitas.Isso vale para cada real gasto e é necessário para você conhecer melhor aonde está indo o seu dinheiro e, com isso, identificar gastos desnecessários. Muita gente anota em papel ou em uma planilha eletrônica como o Excel, mas depois tem dificuldades para analisar suas despesas. O intuito do Minhas Economias é justamente facilitar isso, entre outras vantagens;
2) Estude seu padrão de gastos de modo a diferenciar ‘necessidades’ de ‘desejos’. Uma forma de fazer isso é dar notas de prioridade para cada item;
3) Com base nas prioridades, você pode elaborar um orçamento, que nada mais é do que estabelecer metas de gastos para cada categoria de despesas que possuir. Por exemplo, se você gasta R$ 300 por mês em supermercado, mas sempre inclui supérfluos em suas compras, você pode estabelecer uma meta de R$ 250 por mês e encarar o desafio de não gastar mais do que isso nessa categoria. Obviamente, há categorias em que não será possível fazer cortes como condomínio e aluguel, a não ser que você mude de residência, o que pode não ser simples. Em outras categorias, no entanto, você certamente poderá fazer cortes mais profundos como gastos em restaurantes e/ou lazer;
4) Acompanhe periodicamente se seus gastos estão dentro do orçamento. O Minhas Economias oferece esta funcionalidade, exibindo de forma gráfica o quanto você já gastou em relação à sua meta. E você pode visualizar isto mensalmente e/ou anualmente.
5) Pesquise na internet dicas de como economizar em compras e outros assuntos relacionados a finanças pessoais. As Minhas Economias também possui um blog com textos sobre diversos aspectos de finanças pessoais. Há também formas de se pagar menos impostos ou mesmo receber de volta parte de impostos pagos. É o caso de usar o benefício fiscal do PGBL ou dos créditos advindos das notas fiscais.
6) Previna-se contra imprevistos. Você pode achar que seguro é só uma despesa a mais, pior ainda se você não o utiliza. Saiba que a ideia por trás de um seguro é a de protegê-lo contra imprevistos, e imprevistos podem causar enormes prejuízos financeiros caso não tenha um seguro adequado. Vale a pena estudar e pesquisar os seguros existentes no mercado e ver quais são necessários para cobrir eventuais imprevistos em sua vida. Para os que sustentam família, é preciso ter um seguro de vida e seguro saúde. Se você possui um carro, vale a pena ter um seguro de automóvel;
7) Controle impulsos de compra. Antes de efetuar uma compra, pergunte se ela é realmente necessária. Caso seja, verifique se há recursos financeiros suficientes. E, pergunte a si mesmo se a compra pode ser postergada por mais algum tempo. Na dúvida, caminhe mais um pouco para refletir melhor. Muitas vezes, postergar a compra um pouco que seja, pode dar uma ideia mais clara da real necessidade da aquisição;
8) Requisite a participação de toda a família, inclusive os filhos. Peça ajuda (mesmo que não precise) a todos os membros, para que todos se sintam também responsáveis pela saúde financeira da família. Assim, ficará mais fácil estabelecer o planejamento financeiro e atingir metas, além de obter a colaboração em um eventual corte de despesas;
9) Não é necessário ser um ‘pão-duro’ nem é preciso abrir mão de lazer e das coisas boas da vida. Só é preciso ter equilíbrio. Muitas vezes gastamos muito dinheiro com coisas que nos dão pouca satisfação e acaba sobrando pouco dinheiro, pouco tempo e pouca saúde para as coisas que são realmente importantes na vida. Lembre-se que as pequenas decisões do dia-a-dia acabam por influenciar também a qualidade de vida presente e futura.
10) Repense as trocas frequentes de carro ou de aparelhos eletrônicos, ou mesmo, avalie se é preciso mesmo ter tantos carros ou tantos dispositivos eletrônicos como celulares, tablets, TVs etc. Muitas vezes, as prestações cabem no bolso, mas o que não percebemos é que estamos nos condenando a um futuro mais difícil por conta de uma “compulsão” em possuir sempre bens de última geração. E o pior, é que eles são de última geração por alguns poucos meses, se muito.
Mãos à Obra!
E depois que o Planejamento Financeiro está pronto? O que acontece?
Planejamento foi feito para ser seguido. Lembre-se que existem muitas tentações no caminho. A partir de agora vem a outra parte da tarefa, também difícil, que é não gastar mais do que o seu Planejamento lhe permite.
Muitas armadilhas irão aparecer como aquele desconto impossível de se perder, aquele objeto de desejo que te hipnotiza, aquele momento “vou me dar um presente, eu mereço!”.
Você provavelmente vai tropeçar algumas vezes, mas não desista! Se você é daqueles que não consegue resistir às tentações, destrua o cartão de crédito, esconda o talão de cheque e siga adiante!
Colhendo os ‘frutos’!
E afinal, quais são os principais benefícios para quem se organiza e segue o Planejamento Financeiro?
Há vários, mas podemos destacar alguns:
– Fazer o seu dinheiro trabalhar para você: Tendo receitas superiores às despesas, o passo seguinte é investir e colher os rendimentos. É finalmente fazer o “dinheiro gerar mais dinheiro”. Nada mal, não?
– Aposentadoria tranquila: todo mundo quer se aposentar e ter uma vida tranquila nesta fase da vida. Mas, para isso, a preparação precisa começar o mais cedo possível. E só quem se organiza consegue isso.
Para que você tenha uma ideia do efeito que as pequenas vitórias podem trazer ao resultado final, acompanhe a seguir o que pode ser conquistado ao longo dos anos apenas economizando pequenas quantias no seu dia-a-dia:
– Se você economizar R$ 2 por dia, significa economizar R$ 60 por mês. E se você ainda conseguir economizar em outras pequenas coisas, esta quantia pode chegar facilmente aos R$ 100.
– E, ao investir R$ 100 por mês ao longo de 30 anos a uma taxa de 6% ao ano, você chegará à quantia de R$ 97.451. Nada mal!
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Fonte:http://minhaseconomias.com.br/
Bom controle financeiro a todos!
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