Quando passamos por uma perda seja ela qual for, sentimos a mesma dor do luto. O luto é o processo emocional de vivenciar a ausência e o vazio causado por uma perda.
Geralmente, é associado à angústia da perda de algum ente ou pessoa que morreu, mas também, vivenciamos o luto em outros tipos de perda conforme relação a seguir:
- divórcio ou término de relacionamento;
- problema de saúde;
- demissão;
- instabilidade financeira;
- aborto espontâneo;
- aposentadoria;
- morte de um ente querido;
- morte de um animal de estimação;
- sonho não realizado;
- perda de uma amizade;
- insegurança após um trauma;
- venda da casa da família.
Caminho do vitimismo em situação de perda
Ao optar seguir pelo caminho do vitimismo, você passa a acreditar que é um sujeito infeliz, (status de réu). Nesse exato momento, atrai para si sentimentos menos nobres e carregados de vibrações pesadas.
Passará a crer que a vida é injusta com você, e logo, culpará pessoas e até mesmo Deus. Viverá momentos de amargura e infelicidade.
É importante e até normal, passarmos um determinado tempo pelo processo de luto, mas, o mesmo não pode se estender por mais de um ano. Caso contrário, você estará condenado a desenvolver sérios distúrbios que te levarão a graves problemas de saúde.
E a possibilidade de você entrar para a estatística dos futuros suicidas é de 80%.
Ao perceber que esse período de luto não termina nunca, busque ajuda especializada de um profissional da saúde.
Diante da perda, e ao escolhermos trilhar o caminho do vitimismo, podemos sofrer diversas consequências negativas, tais como:
- Perdemos a capacidade de assumir a responsabilidade por nossas escolhas, atitudes e sentimentos. Dessa maneira, nos colocamos como meros espectadores da nossa vida, sem poder de ação ou mudança. E o resultado é nos sentirmos impotentes, frustrados e desanimados diante da vida.
- Desenvolvemos uma visão distorcida da realidade, e, imediatamente, nos colocamos como alvos constantes de injustiças, maus tratos, discriminações e opressões. Fatores esses, que nos impulsionam a permanecer em uma bolha de autopiedade, ressentimento e amargura.
- Prejudicamos nossos relacionamentos interpessoais, pois, afastamos as pessoas que nos amam e nos querem bem. Logo, nos tornamos dependentes, carentes, manipuladores e chantagistas emocionais. Não reconhecemos nossos erros, nem pedimos desculpas. Não valorizamos os gestos de carinho, nem agradecemos.
- Comprometemos nossa saúde física e mental, e consequentemente, passamos a sofrer de estresse, ansiedade, depressão e baixa autoestima. Resultado, desenvolvemos doenças psicossomáticas, como gastrite, úlcera, enxaqueca, alergias e hipertensão. Bem como, podemos recorrer a comportamentos autodestrutivos como o abuso de álcool, drogas, comidas ou automutilação.
Portanto, o vitimismo é uma armadilha que nos impede de enfrentar as perdas de forma saudável e com resiliência.
Em vez de nos fazermos de vítimas, devemos buscar formas de superar as adversidades com coragem, esperança e fé.
Necessitamos reconhecer nossas forças e fraquezas, os nossos direitos e deveres. Assim como, acolher e usufruir das conquistas e desafios.
E dessa forma, nos responsabilizamos por nossa felicidade e bem-estar. Tudo isso, sem depender dos outros ou das circunstâncias.
Além disso, também é importante nos perdoarmos e perdoar os outros, sem guardar rancor ou mágoa.
Devemos nos amar e amar os outros, sem medo ou egoísmo,
Caminho do altruísmo em situação de perda
O caminho do altruísmo é aceitar que não controlamos tudo, no entanto, não é culpa nossa estar passando por certos momentos difíceis de perda ou dor.
As perdas nos remetem a falta de algo que não fomos capazes de realizar ou manter em nossas vidas.
A partir do momento em que decidimos escolher trilhar o caminho do altruísmo, percebemos que nossa força se potencializa de tal forma, que chega a sufocar. E, nesse exato momento, sentimos a necessidade de compartilhá-la com outras pessoas.
O altruísmo é a capacidade de se preocupar com o bem-estar dos outros, mesmo que isso implique algum sacrifício pessoal. Ele proporciona vários benefícios na hora da dor da perda, seja ela qual for.
Alguns desses benefícios são:
- O altruísmo pode gerar uma sensação de felicidade e satisfação pessoal, pois estimula a liberação de substâncias anti estressantes no corpo, como as endorfinas. Essas substâncias podem colaborar com o prazer de maneira a melhorar os sintomas da depressão, assim como favorecer a longevidade.
- O altruísmo pode influenciar pelo exemplo, inspirando outras pessoas a também praticarem atos de bondade e solidariedade. A fim, de criar uma rede de apoio mútuo e consequentemente, fortalecer os laços sociais, os quais são essenciais para superar momentos difíceis.
- Esse sentimento promove a harmonia entre as pessoas e tem o poder de reduzir os conflitos, as tensões e as agressões. O ato de se colocar no lugar do outro, faz com que o altruísta desenvolva a empatia, a compreensão e o respeito pelas diferenças.
- Todos esses fatores podem facilitar a comunicação, a cooperação e a resolução de problemas.
- Geralmente, beneficia diretamente os relacionamentos românticos, pois, o sujeito altruísta passará a demonstrar cuidado, atenção e generosidade para com o seu parceiro ou parceira.
- Além disso, o altruísmo pode aumentar a confiança, a lealdade e a gratidão entre o casal. Esses fatores podem contribuir para uma maior satisfação e qualidade no relacionamento.
- Ao se tratar da saúde, ele pode fortalecer o sistema imunológico, porque ajuda a reduzir o estresse, a ansiedade, assim como, as emoções negativas que afetam a saúde física e mental.
- E para finalizar, o altruísmo também pode diminuir a dor, porque, ativa áreas do cérebro responsáveis pelo alívio do sofrimento.
Portanto, o altruísmo é uma forma de se doar aos outros, mas também, de se cuidar.
Ao ajudar os outros, o altruísta também se ajuda, e, inevitavelmente, encontra um sentido para a sua vida. Fato esse, que desperta nele uma forte motivação para superar a dor da perda, seja ela de qual natureza for…
Conclusão
Encare a perda, seja ela qual for, como ciclos necessários para a nossa evolução e crescimento. Aceite que tudo na vida tem começo, meio e fim.
E cabe a cada um de nós, escolher trilhar o caminho que melhor lhe convém. Não se puna e viva a sua vida com mais sentido e leveza.
Lembre-se:
“Dor é vírgula e não ponto final”
Deixe um comentário e compartilhe conosco qual caminho você vai escolher, quando inevitavelmente passar pela dor da perda.
Fontes:
Hospital Santa Mônica e Mental Health Foundation
https://vitat.com.br/altruismo/
https://www.ecycle.com.br/altruismo/
https://escoladainteligencia.com.br/blog/a-dor-da-perda-5-conselhos/
https://gerandoaguias.com/vitimismo/
https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/o-que-e-vitimismo
https://clickidealequilibrio.com.br/como-lidar-de-modo-positivo-com-o-stress-do-dia-a-dia/
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