A primeira ideia que nos vem à mente quando pensamos em mulheres do século XXI é a da mulher urbana, trabalhadora, realizada e feliz, porque agora se viu livre do domínio machista que a condenava à inferioridade nas relações de gênero mantida por tantos séculos, inclusive a obrigação de gerar filhos. Todavia, não podemos ser ingênuas acreditando existir um único tipo “ideal” de mulher, como se ele representasse de fato todas as mulheres de hoje, de idades variadas, com os diversos problemas que enfrentam em suas comunidades e territórios, e com todos os desafios que as fazem lutar por mais dignidade, seja nas relações afetivas, na família, no trabalho ou no meio político e social em que vivem.
Cada mulher tem sua história, carrega consigo crenças positivas e negativas, conquistas, decepções, tristezas e muito mais. A nossa missão é escrever cada capítulo do nosso livro, sem esquecer de escolher um final feliz.
Não posso indicar um caminho único para a felicidade. Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta gotas. Um pôr de sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir… São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grande, ainda que fugazes alegrias. Podemos dizer que “A felicidade é a soma das pequenas felicidades”.
POSSO MELHORAR MEU NÍVEL DE FELICIDADE?
Creio que além da possibilidade de opções, outro fator que melhora o nível de felicidade seria a oportunidade de ser responsável por algo. Parece estranho ao primeiro momento alguém falar que trabalho e preocupação pode deixar alguém feliz, mas eu sempre observo o porquê de tanta alegria em cuidar de outra pessoa. Por exemplo: no caso da mãe com seus filhos, ou em escalas diferentes, o prazer em cuidar de um animal, de uma planta, de uma horta. Pensamos tanto no retorno que teremos, mas também nos sentimos extremamente bem ao nos percebermos produtivos. Então, ser feliz não significa não ter problemas, mas talvez, também implique em “procurar por problemas”. Digo isso, pois observo a diferença de comprometimento que tem uma pessoa que, por exemplo: procurou um animal, uma horta para cuidar ou faz algo que tem prazer. Ela se difere de uma pessoa que recebeu isto como responsabilidade, sem ter solicitado ou escolhido.
Pode ser que por isso, costuma ser mais feliz quem tem um propósito de vida, faz o que gosta. Esta pessoa vai para o trabalho animada, disposta a fazer acontecer, criar algo diferente ou até mesmo compartilhar tarefas. Diferente de alguém que só percebe o trabalho como algo ao qual é obrigado a comparecer todos os dias.
Não sei qual é a sua situação ou opinião sobre a felicidade ou qual o caminho que você escolheu seguir para chegar até ela. Mas tenho certeza que o mais importante não é o destino traçado, e sim, como você irá percorrer este caminho. Lembrando que: toda escolha resulta em perdas e ganhos, e cabe a cada um de nós, saber avaliar e tirar proveito de cada momento e situação.
O QUE SIGNIFICA SER FELIZ VERDADEIRAMENTE?
Já se sabe que dinheiro, beleza, o celular da moda, milhares de amigos e até mesmo um amor sincero não são garantias de felicidade. Há quem tenha todas essas coisas e não se sinta completo, assim como há quem não tenha quase nada e ande de mãos dadas com a alegria de viver.
Sendo assim, qual a fórmula? Qual o grande mistério existente em torno da tão sonhada felicidade?
Embora não haja uma resposta exata, é possível aumentar a duração de nossos momentos felizes ao longo do ano, do mês, do dia. Como? Simples, procurando encaixar pequenos prazeres entre as tarefas do cotidiano. Por exemplo: escutar uma música da sua época de adolescente; assistir ao nascer do sol de vez em quando; jogar conversa fora com um amigo e milhões de outras pequenas ações ou lembranças.
“No final das contas, felicidade é uma escolha – a moldura através da qual escolhemos enxergar a vida. Quanto maior a moldura, mais vívida a pintura. Quanto mais nos lembrarmos de que a vida é um presente – que tudo muda, e nós não estamos no controle – mais forte a nossa sensação de bem estar se torna. A felicidade pode resistir às adversidades da vida, só o que precisamos é de sabedoria.” (Leila Navarro).
“Se você deseja ser feliz por uma hora, tire um cochilo; se deseja ser feliz por um dia, saia para pescar; se deseja ser feliz por um mês, case-se; se deseja ser feliz por um ano, ganhe na loteria; mas se você quer ser feliz a vida inteira, faça alguém feliz.”
O caminho para a felicidade está dentro de você!
Coach Silmara
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